Uma questão de acreditar e sobreviver

Participei de um grande treinamento sobre liderança resiliente, ministrado por George Barbosa, da Sobrare (Sociedade Brasileira de Resiliência) com a participação da Vera Martins. Este treinamento foi ministrado para os gestores da Fundação Vanzolini.

A teoria da resiliência no início acaba sendo conflitante, em certos momentos, com as várias teorias que já temos conhecimento e principalmente com a da psicologia a que esta mais inserida em nosso cotidiano.

Sobre meu olhar na definição do líder resiliente, é a integração das relações humanas com o propósito de criar, manter, adaptar e sobreviver as mais diversas situações do dia a dia que podem desencadear um momento de stress no relacionamento pessoal assim como no ambiente de trabalho.

É compreender e entender o próximo, o ambiente em que estamos inserido sempre atraindo e criando relacionamentos saudáveis e procurando superar por meio da compreensão de vida e do conhecimento adquirido ao longo da trajetória de vida a sobrevivência pessoal e profissional, desta forma minimizando os impactos para a satisfação do “eu”. Encontrar algo dentro de você algo que possa apreciar, valorizar e crer como positivo.

Existem vários estilos de comportamento de um líder resiliente pode ter quando esta em momento de stress como a passividade, no sentido de receber para si toda a “carga” do conflito não procurando alternativas para a situação. O intolerante, no sentido da resiliência é aquele que “ignora” algum evento de estress com a ideia que de sempre será possível fazer qualquer coisa para atingir aquele objetivo e por último o estilo de equilíbrio ou excelência, aquele que diante de uma situação adversa sabe manter as emoções de conflitos e impulsos sob controle.

A resiliência é algo que o sujeito adquiri ao longo da vida, por meio das experiências e decepções que sofre ao longo da sua jornada. A sua capacidade de se recuperar destas “tensões” sem quebrar, sem “surtar” é o que determina o seu grau de resiliência.

Em resumo o líder precisa ter a habilidade inspiradora para o desenvolvimento de sua equipe, de comunicação, para o gerenciamento de conflitos, para a construção de laços estratégicos de relacionamentos e ter maturidade para avaliar a intensidade de respostas em momentos certos e para pessoas certas.

São oito modelos cognitivos básicos de crenças mapeados prof. Dr. George Barbosa. Veja abaixo:

MCD de autocontrole – capacidade de se administrar emocionalmente diante do inesperado. É amadurecer no comportamento expresso, uma vez que será esse comportamento que irá ser lido pelas outras pessoas;

MCD de leitura corporal – capacidade de ler e organizar-se no sistema nervoso/muscular. É amadurecer no modo de lidar com as reações somáticas que surgem quando a tensão ou o estresse se tornam elevados;

MCD de otimismo para com a vida – capacidade de enxergar a vida com esperança, alegria e sonhos. É a maturidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão está fora de suas mãos;

MCD de análise do ambiente – capacidade de identificar e perceber precisamente as causas, as relações e as implicações dos problemas, dos conflitos e das adversidades presentes no ambiente;

MCD empatia – capacidade de evidenciar a habilidade de empatia, bom humor e de emitir mensagens que promovam interação e aproximação, conectividade e reciprocidade entre as pessoas;

MCD autoconfiança – capacidade de ter convicção de ser eficaz nas ações propostas;

MCD alcançar e manter pessoas – capacidade de se vincular às outras pessoas sem receios ou medo de fracasso, conectando-se para a formação de fortes redes de apoio e proteção;

MCD sentido de vida – capacidade de entendimento de um propósito vital de vida. Promove um enriquecimento do valor da vida, fortalecendo e capacitando a pessoa a preservar sua vida ao máximo.

Reflexão:
“Mantenha os seus pensamentos e sentimentos em harmonia com suas ações. A maneira mais segura de alcançar os seus objetivos é eliminar qualquer conflito ou dissonância que existe entre o que você está pensando ou sentido e a forma com você está vivendo os seus dias.” Dr. Waine W. Dyer